Necrólise Epidérmica Tóxica: Uma Entidade Rara a Ter em Conta
DOI:
https://doi.org/10.60591/crspmi.63Palavras-chave:
Inibidores do Checkpoint Imune/efeitos adversos, Pembrolizumab/efeitos adversos, Síndrome de Stevens-Johnson/diagnóstico, Síndrome de Stevens-Johnson/etiologiaResumo
A neoplasia do pulmão de não pequenas células é um dos tipos mais comuns e com elevada mortalidade de cancro. Os inibidores do checkpoint imune, como o pembrolizumab, são uma opção terapêutica recente nestes casos. Alguns dos efeitos adversos comuns destes inibidores são alterações cutâneas, sendo reações graves, como a necrólise epidérmica tóxica, raras. Esta é uma doença caracterizada pela descamação da pele e mucosas, com elevada mortalidade. Neste caso, apresentamos um homem de 61 anos com adenocarcinoma do pulmão metastizado, sob quimioterapia e pembrolizumab. O motivo de internamento inicial foi um quadro sético com disfunção multiorgânica. Simultaneamente, o doente apresentava considerável descamação da pele, que agravou ao longo do internamento, com posterior diagnóstico fatal de necrólise epidérmica tóxica secundária a pembrolizumab. Uma elevada suspeita diagnóstica é fundamental para o reconhecimento e tratamento precoce desta doença, com objetivo de diminuir a sua morbilidade e mortalidade.
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