Síndrome Hipereosinofílica com Envolvimento Cutâneo: Um Caso Moderado de uma Doença Grave
DOI:
https://doi.org/10.60591/crspmi.113Palavras-chave:
Pele/patologia, Síndrome Hipereosinofílica/diagnóstico, Síndrome Hipereosinofílica/tratamento farmacológicoResumo
A síndrome hipereosinofílica define-se como um grupo de doenças raras caracterizadas pela associação de eosinofilia no sangue periférico (contagem absoluta de eosinófilos > 1,5 x 109/L) em dois controlos analíticos realizados com pelo menos um mês de intervalo, lesão e/ou disfunção de órgãos mediada por eosinófilos, quando outras causas potenciais foram excluídas.
Os autores apresentam o caso de uma mulher de 89 anos com lesões purpúricas nos membros inferiores, com início três meses antes. Ao exame físico verificaram-se múltiplas lesões purpúricas dispersas pelos membros inferiores e a investigação diagnóstica mostrou eosinofilia periférica (19,82 x 109/L) e elevação da imunoglobulina E (709 U/L) sem outras alterações significativas. A biópsia de pele evidenciou um número moderado de eosinófilos na derme superficial, sugestivo de síndrome hipereosinofílica. A doente realizou ciclo de corticoterapia com prednisolona 1 mg/kg durante seis dias, apresentando rápida resolução da eosinofilia, sem agravamento após a redução do corticoide.
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