Linfoma T Cutâneo: Um Diagnóstico Diferencial Desafiante”

Autores

  • Raquel Costeira Serviço de Medicina Interna, CHTMAD, Hospital de Vila Real, Vila Real, Portugal
  • Ana Oliveira e Costa Serviço de Medicina Interna, CHTMAD, Hospital de Vila Real, Vila Real, Portugal
  • Rita Carneiro Silva Serviço de Medicina Interna, CHTMAD, Hospital de Vila Real, Vila Real, Portugal
  • Mariana Moreira Azevedo Serviço de Medicina Interna, CHTMAD, Hospital de Vila Real, Vila Real, Portugal
  • Cátia Canelas Serviço de Medicina Interna, CHTMAD, Hospital de Vila Real, Vila Real, Portugal
  • Fernando Salvador Serviço de Medicina Interna, CHTMAD, Hospital de Vila Real, Vila Real, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.60591/crspmi.11

Palavras-chave:

Celulite, Linfoma de Células T

Resumo

A celulite é uma infeção comum da pele e tecido celular subcutâneo, de diagnóstico clínico/microbiológico. Apresenta-se o caso de uma mulher, 80 anos, com antecedentes de carcinoma basocelular nasal e dacriocistites de repetição. Observada por febre, lesões cutâneas faciais ruborizadas e lesões aftosas na cavidade oral, com 6 meses de evolução, recrudescentes apesar de terapêutica antibiótica e antivírica. Por diagnóstico de celulite da face, sem resposta a antibioterapia inicial, alargado espectro antibiótico com vancomicina e ceftriaxona, que se mostrou ineficaz. Após isolamento de Enterococcus faecalis em colheita microbiológica, foi ajustada antibioterapia segundo teste de sensibilidade, alargando-se estudo com autoimunidade e tomografia computorizada toraco-abdomino-pélvica, que não revelou alterações. Realizada biópsia, cuja histologia permitiu o diagnóstico de doença linfoproliferativa T cutânea, com início de prednisolona e resolução das lesões. Na ausência de resposta a terapêutica dirigida, a celulite representa um desafio diagnóstico, motivando uma investigação alargada, na qual o estudo histológico é essencial.

Referências

Kroshinsky D, Grossman ME, Fox LP. Approach to the patient with presumed cellulitis. Semin Cutan Med Surg. 2007;26:168-78. doi: 10.1016/j.sder.2007.09.002.

Dummer R, Vermeer MH, Scarisbrick JJ, Kim YH, Stonesifer C, Tensen CP, et al. Cutaneous T cell lymphoma. Nat Rev Dis Primers. 2021;7:61. doi: 10.1038/s41572-021-00296-9.

Benbouzid MA, Bencheikh R. Cervicofacial cellulitis revealing cutaneous lymphomas. Rev Stomatol Chir Maxillofacial. 2007;108:228-30.

Strauss M, Kolkova Z, Laurian N, Zohar Y. Cutaneous malignant lymphoma of the nasal tip. Ann Otol Rhinol Laryngol. 1986;95:208-10. doi: 10.1177/000348948609500222.

Willemze R, Cerroni L, Kempf W, Berti E, Facchetti F, Swerdlow SH, et al. The 2018 update of the WHO-EORTC classification for primary cutaneous lymphomas. Blood. 2019;133:1703-14. doi: 10.1182/blood-2018-11-881268.

Ellis Simonsen SM, van Orman ER, Hatch BE, Jones SS, Gren LH, Hegmann KT,et al. Cellulitis incidence in a defined population. Epidemiol Infect. 2006;134:293-9. doi: 10.1017/S095026880500484X.

Stevens DL, Bisno AL, Chambers HF, Dellinger EP, Goldstein EJ, Gorbach SL, et al. Practice Guidelines for the Diagnosis and Management of Skin and Soft Tissue Infections: 2014 Update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dise. 2014; 59: e10–e52

Downloads

Publicado

31-03-2023

Como Citar

Costeira, R., Oliveira e Costa, A., Carneiro Silva, R., Moreira Azevedo, M., Canelas, C., & Salvador, F. (2023). Linfoma T Cutâneo: Um Diagnóstico Diferencial Desafiante”. SPMI Case Reports, 1(1), 32–35. https://doi.org/10.60591/crspmi.11

Edição

Secção

Casos Clínicos