Infeção Fulminante Pós-Esplenectomia por Capnocytophaga Spp.: Caso Clínico

Autores

  • Cátia Gorgulho Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar do Médio Tejo, Hospital de Abrantes, Abrantes, Portugal
  • Carolina Cardoso Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar do Médio Tejo, Hospital de Abrantes, Abrantes, Portugal
  • Joana Freitas Ribeiro Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar Médio Tejo, Abrantes, Portugal
  • Telma Elias Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar do Médio Tejo, Hospital de Abrantes, Abrantes, Portugal.
  • Lara Adelino Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar do Médio Tejo, Hospital de Abrantes, Abrantes, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.60591/crspmi.7

Palavras-chave:

Capnocytophaga, Complicações Pós-Operatórias, Esplenectomia/efeitos adversos

Resumo

O baço possui funções imunológicas e hematológicas importantes. A esplenectomia está indicada na esferocitose hereditária, doença em que os eritrócitos são destruídos no baço por defeitos estruturais.

Doentes esplenectomizados apresentam risco aumentado de infeção e de infeção fulminante pós-esplenectomia, que se caracteriza por um quadro inicial de febre, mialgias, cefaleia e vómitos.

As bactérias Capnocytophaga colonizam a mucosa oral, podendo causar infeções oportunistas em doentes esplenectomizados.

Os autores identificam o caso de um doente de 38 anos, esplenectomizado, que recorreu ao Serviço de Urgência por febre, vómitos e mialgias. As hemoculturas mostraram o crescimento de Capnocytophaga spp. Apesar das medidas instituídas, o doente evoluiu rapidamente para choque séptico, culminando na sua morte.

Os autores pretendem alertar para esta condição rara associada a alta mortalidade, com o objetivo de aumentar a sobrevivência destes doentes, através da identificação e intervenção imediatas.

Referências

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Publicado

31-03-2023

Como Citar

Gorgulho, C., Cardoso, C., Freitas Ribeiro, J., Elias, T., & Adelino, L. (2023). Infeção Fulminante Pós-Esplenectomia por Capnocytophaga Spp.: Caso Clínico. SPMI Case Reports, 1(1), 16–18. https://doi.org/10.60591/crspmi.7

Edição

Secção

Casos Clínicos